Ego enim sum minimus Apostolorum, qui non sum dignus vocári Apostolus, quoniam persecutus sum Ecclesiam Dei." I ad Corinthios XV, 9

Da pena fizeste arma,

A palavra anunciaste,

De perseguidor a perseguido,

Deste a vida a Cristo.

"Sub umbra alarum tuarum".

Sob às sombras de tuas asas, oh Senhor

Seguro estarei

Ainda que em mar revolto minha nau a singrar

Em ti aconchego e paz terei.

A pior das escravidões não é aquela que nos agrilhoa os pés e as mãos, mas aquela que nos aprisiona o Espírito. Durante anos, o povo de Deus foi escravo no Egito; clamou a Deus e Ele lhe enviou Moisés, o libertador. Hoje, tantos de nós, também, são escravos de si mesmos, das circunstâncias e da vida... Nosso clamor: Liberte-nos, Senhor. Nosso libertador: Jesus, o Cristo. Que nossa esperança esteja nos céus, não na terra. Pois quem vive apenas das esperanças desta terra, morre para a Eternidade. Deus te abençoe.

"Iustus autem ex fide vivet." Ad Romanos I, 17.

Ao brado de um simples monge

Dissipam-se as trevas

E onde outrora havia escuridão

Nasce um novo dia.

Saule, Saule quid me persequeris?

Da fulgurante luz

Ouviu-se uma voz

E o homem velho

de corrupções e crimes repleto

Nasce como novo.

"In hoc signus vinces."

Estrelas

Singelas,

Luzeiros,

Fagueiros,

Esplêndidos orbes, que o mundo aclarais!

Desertos e mares, - Florestas vivazes!

Montanhas audazes que o céu topetais!

Abismos!

Profundos!

Cavernas

Eternas!

Extensos,

Imensos

Espaços

Azuis!

Altares e tronos,

Humildes e sábios, soberbos e grandes!

Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!

Só ela nos mostra da glória o caminho,

Só ela nos fala das leis de Jesus.

                                      ( Fagundes Varella)

"Benedictus Dominus Deus noster qui dedit nobis signum."

Ego sum lux mundi: qui sequitur me, non ambulat in tenebris, sed habebit lumen vitæ. (Evangelium Secundum Ioannem VIII,12)

Meus irmãos,

Esta é uma verdade inegável: “Deus incutiu no coração do homem o desejo pelo divino”. Se soubéssemos o quanto seríamos saciados em nosso íntimo se nele o preenchêssemos por Deus, com certeza poderíamos efetivamente gozar da verdadeira alegria e da verdadeira paz. Se temos sede de Deus, muito mais Deus tem sede de nós. Busquemos, pois, essa fonte da qual verdadeiramente provém a saciedade.

Urge hoje perguntarmos: “Onde está o nosso deleite?!” Muitos buscam a satisfação nos prazeres da carne, outros na sabedoria humana, alguns na profissão de uma fé e poucos, talvez, no trabalho. Entretanto, não é no prazer carnal, nem na sapiência humana, nem na crença em alguma verdade de fé, tampouco no labor que o homem encontrará a plenitude. A plenitude está em Deus. Dele um dia saímos e para Ele um dia voltaremos. Carregamos esta imensa nostalgia, esta saudade e incompletude que só em Deus terão o seu ocaso.

Portanto, fica para nós a advertência do Cristo: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” Mt 7,21. Noutra ocasião, salientou-nos o Mestre: “ Pois que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?!” Mt 16,26.


O salmista é categórico ao dizer: “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água” Salmo 63

Esta nossa terra, irmãos, é muito seca para que nos saciemos. As glórias deste mundo, passageiras. Infeliz daquele que pensa que só nesta breve vida se obtém felicidade, quando, na verdade, temos uma eternidade à nossa frente por vislumbrar.

Finalizando, o Mestre Jesus nos assevera: “ (...) quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.” Jo 4,14.

Meu desejo, meu irmão, é que essas palavras sejam o suprimento em tua jornada. Que possas caminhar com o olhar divisando o céu, pois nele somos chamados a, um dia, morar.
( Mensagem pregada por mim na Rádio Contagem, no programa Rompendo em Fé da Igreja Cristã Evangélica Casa de Oração. "Soli Deo gloriam.)